PATRÍCIA ANTONIETE… DE NOVO!
E então há um lugar para onde vão
os sonhos que a gente desacredita,
onde moram os anéis que perdemos,
os brincos descasados,
o pé de meia preferido, o batom engolido pela bolsa.
Há um lugar, um sumidouro,
para onde são tragados os sorrisos que não voltam,
o cheiro do cabelo, um colarinho manchado,
o perfume na manga do vestido,
teu nome no bilhete, um gosto de vinho grudado na língua.
Ficam lá, suspensos numa órbita improvável e inacessível,
ao som de três ou quatro frases para sempre repetidas
que a gente procura esquecer.
E UM DIA ESQUECE.