Para onde vão os sonhos??

   
  
PATRÍCIA ANTONIETE… DE NOVO!
 
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E então há um lugar para onde vão
os sonhos que a gente desacredita,
 
onde moram os anéis que perdemos,
os brincos descasados,
 
o pé de meia preferido, o batom engolido pela bolsa.
 
Há um lugar, um sumidouro,
para onde são tragados os sorrisos que não voltam,
 
o cheiro do cabelo, um colarinho manchado,
 o perfume na manga do vestido,
 
teu nome no bilhete, um gosto de vinho grudado na língua.
 
Ficam lá, suspensos numa órbita improvável e inacessível,
 
ao som de três ou quatro frases para sempre repetidas
 
que a gente procura esquecer.
 
E UM DIA ESQUECE.

 

Rota do Indivíduo …. Djavan e Orlando Morais

 

MãeRainhaeFredinho 063

(Foto: Kika Domingues)

Mera luz que invade a tarde cinzenta
E algumas folhas deitam sobre a estrada
O frio é o agasalho que esquenta
O coração gelado quando venta
Movendo a água abandonada
Restos de sonhos sobre um novo dia
Amores nos vagões, vagões nos trilhos
Parece que quem parte é a ferrovia
Que mesmo não te vendo te vigia
Como mãe, como mãe que dorme olhando os filhos
Com os olhos na estrada
E no mistério solitário da penugem
Vê-se a vida correndo, parada
Como se não existisse chegada
na tarde distante, ferrugem ou
nada
.


 

(A Rota do Indivíduo – Djavan e Orlando Moraes)

 

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Ouça o Grupo AMARANTO cantando

essa música, vale a pena… Mesmo!!!

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  (Faixa 6 do CD Retrato da Vida… veja lá!)